Entrevistargh!: Megabox

Posted in Entrevistarghs! by empreendedorargh on 10/07/2008

Entrevistado: Aguilar Selhorst Junior

Área: Desenvolvimento de Projetos de Produtos

Serviços que oferecem: Desenho, desenvolvimento, prototipagem, e produção de lotes pilotos de produtos e material gráfico

Sócios:
Aguilar Selhorst Junior (desenhista industrial) – diretor
Felipe Locatelli Pinheiro (desenhista industrial) – designer sênior
Wagner Carta Nono (desenhista industrial) – designer sênior
Vinicius Alberto Iubel (desenhista industrial) – designer sênior

Quantidade de empregados: 04 sócios / 02 estagiários / 02 colaboradores administrativos

Localização: Quatro Barras / PR

Ano de fundação: No mercado desde 1997

site: http://www.megaboxdesign.com.br

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Qual foi sua formação?

Graduado em desenho industrial – Projeto do produto.

Mestrado em engenharia de produção e sistemas.

Como você era como aluno?

Estudioso e questionador.

Quais foram suas experiências profissionais pré-empresa?

Já participei como sócio de várias empresas, desde o setor da construção civil, industrial química, serviços de entreterimento. Vendi minhas participações quando resolvi estudar Desenho Industrial.

Tive parceria de desenvolvimento com o escritório Merege Design (ótima experiência).

De onde (e por que) surgiu a ideia da empresa? Quanto tempo até ela se transformar na empresa em si?

Surgiu pela oportunidade de freelance que vinha fazendo – um projeto deu certo – tinha que emitir nota fiscal – montei a empresa e pronto! São 10 anos transformando-se em empresa – mas os dois primeiros anos foram os mais importantes para se estabelecer. Tivemos início em 1997 – eu estava no primeiro ano de faculdade e meu sócio (Meu irmão mais novo que era meu veterano) estava se formando. Então resolvemos montar a empresa – na época com um foco um pouco diferente do de hoje. Aliás, nosso primeiro projeto deu errado! Era uma Vending Machine – para vender camisinha – que eu tinha visto na Europa e achamos que ia dar certo aqui no Brasil. Fizemos umas 10 máquinas como protótipos e testamos um montão, mas não deu certo por diversas razões comerciais. Começamos então a comprar e desenvolver Jukeboxes (máquinas automáticas de música – daí o nome MEGABOX) enquanto outros projetos eram desenvolvidos e eu tocava a faculdade – tudo muito amador. Mas foi bem legal para a formação do que fazemos hoje.

Como foi o contato e a relação com o primeiro cliente?

Fomos procurados para um protótipo – fizemos projeto/ protótipo/ embalagem. Fomos bem conceituados pelo trabalho e a relação de negócio já dura 10 anos e ao menos 200 jobs apenas com este cliente.

Qual foi seu maior fracasso?

Não fizemos nenhum projeto que tenha fracassado como projeto, os propósitos do projeto foram cumpridos. O fracasso de um produto tem muito haver com a administração de sua viabilidade financeira e de mercado. No Brasil a administração destes elementos, ao menos para empresas de pequeno e médio porte, ainda é muito insipiente.

Hoje, como é seu cotidiano na empresa?

Muito mais envolvido com a gestão de projetos e negócios do que com os projetos em si.

Como você lida com os aspectos administrativos da empresa?

È necessária muita concentração e capacidade de gerenciamento. Não tem como se desligar da empresa em momento algum. Oportunidades surgem o tempo todo. Até dormindo.

O que você procura nos candidatos a emprego em sua empresa?

Maturidade e competência técnica.

Como você vê a concorrência em sua área hoje?

Várias empresas colocam-se como empresas de Projeto de Produto, mas fazem apenas alternativas formais. Por isso acho que cada vez mais projetos e oportunidade de negócios continuarão surgindo. Gostaria que isso mudasse, pois é necessária a construção de uma cultura de desenvolvimento no mercado brasileiro. Outras empresas com perfil de desenvolvimento são fundamentais para formação desta cultura.

Como é o mercado de trabalho na sua área para um jovem graduado em design?

Exatamente como a concorrência que temos. Se você quer alguém para projetar produtos, você deve buscar o indivíduo dentro da faculdade e preparar ele.

A formação acadêmica é muito vaga, muito filosófica e pouco pragmática.

O Jovem precisa buscar aspectos profissionais fora da academia e talvez fora da área de design. O designer tem de ser um empreendedor, mesmo que não tenha sua própria empresa – esse deve ser o perfil do designer.

Qual foi o maior sucesso da empresa?

Se estabelecer enquanto um prestador de serviço na área de solução em design de produtos.

Você pode dar uma ideia do crescimento da empresa em faturamento e número de funcionários através dos anos?

Crescemos em média 50% a cada ano em faturamento e partimos de 02 para 06 designers (incluindo estagiários) em 03 anos.

Uma resposta

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  1. Érico Alves Pezzini said, on 09/10/2009 at 13:43

    ..meu professor ! ^^

    ..achei muito interessante a entrevista e como estudante de design concordo plenamente com o Aguilar em vários aspectos, mas principalmente na questão de que o designer tem que ser um empreendedor, isso é o que falta no nosso curso, temos muitas matérias voltadas a filosofia e arte do que ao mercado, que é um fator decisivo
    no desenvolvimento do produto.


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